Discípulo Teu
Eu estava buscando na internet um desses vídeos
de Rob Bell da série Nooma, onde ele falava a respeito de como funcionava e
funciona a Escola de Rabinos, mas, não achei, mas, achei uma descrição do que
eu buscava .
Leia
aqui uma parte do texto.
Por
volta do quatorze ou quinze anos de idade, no final da Bet Talmud, somente os melhores
dos melhores dos melhores alunos ainda permaneciam estudando. A maioria dos
alunos a essa altura estava aprendendo a profissão de família ou começando a
própria família.
Os
alunos remanescentes solicitavam a um rabino bem conhecido para ser um de seus
talmidim (discípulos). Sempre temos idéia de discípulo como um aluno, mas ser
discípulo era muito mais que apenas ser aluno. O alvo do discípulo não era
somente saber o que o rabino sabia, mas ser exatamente como o rabino.
Esse
nível de educação chamava-se Bet Midrash (Casa de Estudo). Um aluno se
apresentava a um rabino famoso e dizia: “Rabino, eu quero ser um discípulo
seu”.
Quando
um aluno pedia a um rabino para ser um de seus talmidim, ele desejava tomar
sobre si o jugo desse rabino. Ele queria aprender a fazer o que o rabino fazia.
Provavelmente
o aluno deixaria o pai e a mãe, deixaria a sinagoga, sua cidade e os amigos, e
dedicaria a vida a aprender a fazer o que seu rabino fazia.
Aonde
quer que o rabino fosse o discípulo iria. Ele aprenderia a aplicar a lei oral e
escrita a situações concretas. Ele abandonaria toda a sua vida para ser como
seu rabino.
Rob
Bell conta que um amigo seu esteve em Israel e viu um rabino ir ao banheiro
acompanhado de seus talmidim. Eles não queriam deixar passar nada que seu
rabino pudesse dizer ou fazer. Ser discípulo significa ter essa dedicação.
Enquanto lia me veio a memória aquela
passagem de Jesus andando sobre as águas.
Nessa
passagem que está em Mateus 14:22-33 o texto começa dizendo que Jesus teve que
os compelir, os constranger, os forçar, os obrigar a pegar o barco e irem para
o outro lado, enquanto Ele, se despedia das multidões.
Muitos
pregam que eles queriam proteger Jesus
das multidões, por isso da resistência em não quererem ir sem Ele.
Mas,
lendo esse texto sobre Rabinos e Discípulos sou levada a crer, que eles estavam
apenas seguindo algo que já era comum entre os discípulos, de não largar o seu
Mestre por nada.
Em
sua mente, eles achavam que para ser como o mestre, eles tinham que estar
grudados n’Ele.
Mas,
Jesus queria ensiná-los algo muito mais importante.
Ensiná-los
a ser como Ele aonde quer que eles estivessem.
Seja, em ambientes onde a sua presença é sentida, ou, em ambientes onde pareça que Ele está muito longe de nos socorrer.
É
muito fácil ser como Jesus em ambientes favoráveis, na igreja ou em grupo onde
todos são cristãos, declaramos as verdades da Palavra de Deus sem receio algum,
temos uma linguagem em linha com a Palavra, seja para, consolar, fortalecer ou
exortar...
Mas
Jesus, aqui no texto nos demonstra que em ambientes nada favoráveis seja em
meio a uma tempestade, seja em meio a um grupo de não cristãos, não podemos
esquecer quem verdadeiramente somos, não podemos deixar que a pressão do grupo,
e que a situação em si nos amendronte.
Ao sermos confrontado, ao nos pedirem a
opinião a respeito de algo, ao tentarem nos colocar em uma saia justa,
devemos ter o mesmo comportamento como se tivéssemos em ambientes e situações
onde falar exatamente o que acredita ser verdade não seria problema algum.Nunca estaremos sozinhos, afinal de contas, Ele está em nós.
Que
Senhor nos ajude a sermos cada vez mais parecido com Ele em todas as situações
de nossa vida, e que haja sempre esse desprendimento em nossa coração de fazer
a Sua Vontade, Ainda que nos custe.
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